Sabe aquela sensação que acontece quando você não dorme na sua casa e precisa de alguns segundos para saber onde está ao acordar? Imagine que isso acontecesse todo dia, e além de estar em um lugar diferente, você fosse uma pessoa diferente.
Bem-vindos a vida de A.
Esse livro leva ao extremo o sentimento de não-pertencimento que todos passamos, principalmente quando somos adolescente, não pertencer ao grupo de amigos que andamos, ou ao namorado que escolhemos, ou a vida que temos. Se alguma vez você já se sentiu a pessoa mais diferente do mundo, esse livro se encaixa como uma luva.
É impossível não se identificar com o personagem principal, mas eu e A compartilhamos o mesmo costume, ficar observando as pessoas. Cada um de nós fazemos por um motivo, mas é legal ver que você não é sozinha no mundo, mesmo quando o semelhante a você é um personagem fictício.
É impossível não se identificar com o personagem principal, mas eu e A compartilhamos o mesmo costume, ficar observando as pessoas. Cada um de nós fazemos por um motivo, mas é legal ver que você não é sozinha no mundo, mesmo quando o semelhante a você é um personagem fictício.
Perfil do livro aqui |
"Essa é a armadilha de ter algo para se viver. Todo o resto parece sem vida"
Por conta disto, minha parte favorita do livro, foi sem dúvida as pequenas observações que A fazia sobre a vida das pessoas em que estava, pequena reflexões sobre os relacionamentos, feitos eles com um tom melancólico de quem nunca poderá viver mais do que um mero observador, tocava meu coração de dava vontade de abraçá-lo.
Depois desse momento fofo, voltemos para o mudo coração de gelo, o romance principal da história me deixou incomodada, o relacionamento do A com a Rhiannon grita fracasso, de todas as formas. Além do mais como eles eram o que eu chamo de "casal perfeito", aquele tipo que não dá uma boa história, pois já se dão tão bem juntos que não há graça acompanhá-los.
Por último, mas não menos importante, adorei a maneira que o autor tratou a sexualidade de A, como eu ser sem gênero pode ter uma "opção" sexual fixa? Deixo esse pensamento no ar. David Levithan, tratou com a mesma delicadeza a sexualidade de todos os personagens do livro abordando todos os tipos de relações entre duas pessoas, sejam héteros, homossexuais ou os dois juntos.
Não tenho mais palavras, apenas leia, ele vai deixar com um quentinho no coração, fazer você dar aquele sozinho de canto de boca e arrancar algumas lágrimas.
"Sinto uma ternura por essas conversas noturnas e vulneráveis pelo modo com que as palavras assumem uma forma diferente no ar quando não há luz. Essas conversas me fazem acreditar que eu podia dizer qualquer coisa, mesmo quando estava me escondendo tanto."
Por último, mas não menos importante, adorei a maneira que o autor tratou a sexualidade de A, como eu ser sem gênero pode ter uma "opção" sexual fixa? Deixo esse pensamento no ar. David Levithan, tratou com a mesma delicadeza a sexualidade de todos os personagens do livro abordando todos os tipos de relações entre duas pessoas, sejam héteros, homossexuais ou os dois juntos.
Não tenho mais palavras, apenas leia, ele vai deixar com um quentinho no coração, fazer você dar aquele sozinho de canto de boca e arrancar algumas lágrimas.
Esse foi a leitura de Janeiro para o DL2015, para saber mais clique aqui.
Estou muito ansiosa pra ler esse livro, não vejo a hora de poder lê-lo! :D
ResponderExcluirBeijos,
http://totalmenteanta.blogspot.com.br/
Resenha: Como Eu Era Antes de Você - http://youtu.be/-fD6coDFkZk
é mto, mto, mto bom, leia :D
ExcluirNossa, faz tempo que quero ler esse livro e quero ler ele AGORA depois dessa sua resenha. Quando eu esperava o link carregar (Internet ruim kk) eu estava pensando "Quem eu sou?" "Quem eu estou querendo enganar" e estava também pensando nas pessoas, aí você começa a resenha justamente citando isso... Sua resenha ficou ótima, é muito bom você participar do Desafio Literário 2015!
ResponderExcluirapenasumaleitura.blogspot.com.br
Muito obrigada, estou adorando o desafio, mas ainda não escolhi o livro de fevereiro;
ExcluirMuito bom seu texto, Beatris. Achei fantástica a sua análise do livro.Estou louca pra ler a próxima resenha. Bjus
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