A Tormenta De Espadas


Depois de mais de quatro meses de leitura finalmente terminei Tormenta de Espadas; o mais emocionante e longo volume das Crônicas de Gelo e Fogo. Parei e continuei muitas vezes, entre a leitura vi as duas temporadas que traduz esse livro para a TV o que embaralhando muito minha cabeça - não façam isso. Mas apesar dos pesares, estou aqui e vamos para a resenha.

Depois dos acontecimentos dos primeiros livros, Westeros está sendo ameaçado em vários sentidos, seu povo está completamente dividido pela Guerra dos Cinco Reis, estranhas criaturas místicas que eram consideras lendas ameaçam a muralha além do desaparecimento dos selvagens que causa grande medo na debilitada Patrulha da Noite, e do outro lado do mar, na Baia dos Escravos, a nascida da Tormenta enfrentará a ira dos Bons Senhores.

Bom, acho impossível falar desse livro sem comentar os acontecimentos dos anteriores, então, se você tem algum interesse em lê-lo,  NÃO CONTINUE.

Desculpe, os spoilers são necessários


Porto Real

Há uma total diferença de dinâmica em Porto Real, pois Tywin assume o cargo de Mão do Rei, descosturando todos os planos armados por Tyrion e nos deixando de fora dos seus, já que não há com saber o que passa em sua cabeça. Uma ótima sacada do autor, por que isso propicia revelações bombásticas e uma das melhores cenas da série - se é você me entende.
Por isso, vemos um Tyrion mais frágil do que nos outros livros, isso pois além da forte influencia de pai  o anão sofre com a ausência do irmão. Jamie sempre serviu de bengala moral para Tyrion, seja por protege-lo física e moralmente, seu afeto pelo irmão sempre foi de grande importância para Tyrion, e ficar sem essa referencia é desgastante. Também, sem Jaime por perto, Cersei não tem barreiras que a impeçam de armar contra Tyrion.
Durante o livro, ele se segura se controla ao máximo para se manter sã e racional como o esperto jogador que ele é, mas os dois momentos em que ele perde a cabeça e sintetiza tudo o que ficou reprimido durante toda sua vida, essas cenas são de arrepiar, explodir a cabeça e querer beijar os pés do George.

Outro personagem que destaque nesse livro foi o próprio Jamie, vemos ele fora do seu pedestal de chefe da Guarda Real,  longe dos mimos de ser um Lannister. Ao fragiliza-lo o autor faz uma desconstrução do estereótipo de desonrado que ele carregava, humanizando o personagem, mostrando a sua parte da história do regicídio acinzentando o personagem, mostrando que não é inteiramente um escroto. Ao mostrar como os laços foram criados entre ele e Brienne.


Além do Mar Estreito

Dany ganha mais destaque nesse livro, depois de quase deixa-la ela de fora do segundo livro, nesse ela tem que se provar como uma líder e ela ainda não é, e toma decisões algumas vezes surpreendentes e outras bem estúpidas, dando veracidade para a personagem, que de longe está madura para sua posição mas ainda persegue um sonho baseado no sangue.
Mais do que isso é spoiles, mas lembre-se das três traições que ela irá sofrer...

DI-VA!

Para lá da Muralha

Jon passa por uma grande provação e crise de identidade após se apaixonar por uma selvagem, gerando a velha, mas bem trabalhada discussão do que diferencia um selvagem de um civilizado.
Depois desse livro Jon se tornou um dos meus personagens favoritos, pela maneira que ele lidou com a situação. Adorei a maneira como autor construiu a personalidade, misturou os princípios de honra e lealdade o pai de Jon o ensinou, com o street wise que ele aprendeu quando saiu foi de casa para ir à Muralha, isso traz a profundidade que já estamos acostumados nos personagens de George.

Bônus

Outra personagem que merece destaque é a Arya, ela vem de uma crescente desde o primeiro livro, mas nesse ela passa por cada roubada que dá vontade de pega-la para adotar e falar que tudo vai ficar bem.

Eu queria ter falado muito mais, sobre as transformações da Sansa e a Cat - olha que eu nem gosto dela - e das tantas morte, traições duelos por combate. Mas provavelmente vou dar mais spoilers do que já dei. Para terminar o prólogo desse livro foi o melhor das Crônicas de Gelo e Fogo, que dá uma vontade de ler o próxima, mas só lerei o Festim dos Corvos ano que vem.

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