Belas Maldições


O fim do mundo é um dos assuntos mais batidos de todos. Existem inúmeros filmes, livros, séries e quadrinhos abordando esse assunto, por causa disso praticamente tudo relacionado ao tema já é clichê, mas a parecia Pratchett e Gaiman conseguiram ao fazer uma grande sátira do apocalipse criando um ótimo equilíbrio entre o humor e a crítica.


Houvera, inúmeras profecias sobre a data do fim do  mundo, a maioria estava errada. porém dentre tantas teorias e previsões, as únicas corretas estão no livro “As Belas Maldições de Agnes Nutter”, a bruxa que olhou para a névoa do futuro, apenas se esqueceu de explicar para os outros. E cabe aos seus descendentes tentar decifrá-las, mesmo que seja uma tarefa quase impossível.

Segunda interpretações da sua teoria, o mundo vai  acabar em um Sábado, um pouco antes do Jatar. Durante o Armagedon, o Céu e o Inferno se enfrentam, para saber qual dos dois se propagará pelo resto da eternidade, todos os anjos e demônios estão ansiosos por esse grande momento. Todos menos dois, anjo Azaraphale e o demônio Crowley. Eles ficam completamente decepcionados, pois que gostavam da sua vida Terra e não achava que o Armagedon iria realmente acontecer.

Crédito da foto: Mochamura
Os dois, apesar das diferenças, fazem uma espécie de união para tentar evitar o Armagedon: decidem vigiar o anticristo durante toda a vida para que ele não sofra influencias nem “boas” nem “más”.

E nesse contexto que foi escrito “Belas Maldições”, uma brilhante parceria entre Neil Gaiman e Terry Pratchett, que usam o Apocalipse para fazer uma análise da sociedade contemporânea ao desconstruírem a mentalidade maniqueísta que prevalece como a visão de mundo com o humor e ironia.




Com certeza esse foi o livro mais engraçado que li nesse ano, ele tem aquele humor mais non sense e ácido na qual a piada é construída através de algumas páginas me lembro muito Guia do Mochileiro das GaláxiasComo quando mostram um convento de freiras satânicas ou uma luta de paintball na qual todas as armas de tinta magicamente viram armas de fogo. 

Esse não é um livro de personagens, ou seja, ninguém tem uma personalidade mais profunda, com reviravoltas ou crises existenciais. O que faz falta em alguns momentos, mas no contexto geral ajuda na construção da crítica. 

Um livro nada politicamente correto que tem o perfeito equilíbrio entre o humor e a crítica, que prende o leitor nas primeiras páginas. Ele não tem linearidade de espaço, mas não deixou a história confusa. Um ótimo livro para quem busca uma história diferente sobre um assunto batido. E como eu já disse antes, se você não goste que satirizem assuntos sagrados, esse não é o melhor livro pra você. 

2 comentários:

  1. Achei interessante a proposta de abordar um tema considerado tão sério com um humor tão incrível. Fiquei interessada agora, hehe.
    http://totalmenteanta.blogspot.com.br/

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